O QUARTO SEMPRE TRANCADO


"Um Quarto Sempre Trancado em um Hospital.
Quais mistérios poderiam estar por trás de sua misteriosa porta?
Poderia algum tipo de criatura do além habitar um local como esse?"

Segundo o Relato a seguir, isso pode ser possível!

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A seguinte história aconteceu em um hospital da cidade de São Paulo e é verídica!

O fato que vou relatar à seguir aconteceu com meu tio, o qual trabalhou no departamento de manutenção de um hospital na cidade de São Paulo por alguns anos antes do ocorrido.
A lembrança mais marcante que eu tenho da minha infância, é a do meu tio contando a história sobre o que aconteceu uma noite lá naquele hospital, e que acabou fazendo com que ele pedisse demissão.
Isso foi tão marcante para ele, que toda vez que nós conseguíamos convencê-lo a contar a história (o que era raro), ele entrava numa espécie de transe e a sua voz ficava monótona e sem emoção, como se fosse outra pessoa buscando nos cantos escuros da sua memória algo que foi trancado bem fundo, querendo que fosse esquecido.
Depois de algum tempo, minha tia proibiu que ele contasse a história e tocasse novamente no assunto.

Tudo começou quando meu tio começou a trabalhar naquele hospital.
Logo no início ele notou um quarto em particular na ala psiquiátrica, o qual nunca era usado e sua porta sempre ficava trancada.
Sempre que ele perguntava sobre qual era o motivo que aquela porta permanecia trancada para o seu supervisor ou para os seus colegas de trabalho, eles falavam que era para ele não se preocupar com isso e rapidamente mudavam de assunto.
As vezes simplesmente ignoravam as perguntas que ele fazia.

O tempo foi passando, até que certo dia, tarde da noite, meu tio estava trocando uma lâmpada do teto do corredor, não muito longe daquele quarto trancado.
Depois de ter colocado a lâmpada ele começou a descer a escada, e de repente a luz começou a piscar.
Em seguida ele sentiu uma caída brusca na temperatura e um estranho cheiro que tomou conta do corredor inteiro como se fosse uma névoa invisível.
Para pegar uma outra lâmpada nova, ele teria que passar em frente à porta daquele misterioso quarto para chegar na área principal do hospital.
Então ele foi caminhando, então aquele fedor piorou muito, e foi quando ele começou a ouvir um som vindo das proximidades do quarto que sempre estava trancada e nunca era usado, e que todos evitavam falar.

No início parecia que era alguém cantando, mas então mudou para um estranho e sombrio murmúrio.
O que ele ouviu depois o levou a uma inesperada mistura de emoções; tristeza então raiva e depois medo.
Mesmo não tendo se identificado, ele pôde ouvir que a voz era inconfundível, de sua já falecida avó.

A voz dizia:

"Reinaldo", a frágil mas familiar voz chamou, "me ajude Reinaldo, você é o único que pode me ajudar agora, eu estou aqui, rápido Reinaldo, por favor, depressa"!

Nesse momento o sangue nas suas veias gelaram. Ele ficou muito confuso, e ficou pensando como aquilo poderia estar acontecendo?
Pelo amor de Deus, ela estava morta a mais de vinte anos!
O meu tio começou a chorar como uma criança perdida.
Por trás dos pedidos de ajuda da sua avó ele podia ouvir o que parecia ser uma risada meio maligna que parecia como se guiado por um poder desconhecido.

Então ele segurou a maçaneta da porta para abri-la, mas quando encostou queimou seriamente a sua mão e ficou com uma cicatriz que tem até hoje, na forma de uma meia lua.
A maçaneta começou a girar sozinha vagarosamente, e de repente a porta toda começou a chacoalhar violentamente.
Alguém (ou alguma coisa) estava do outro lado tentando sair, e começou a bater e a chutar a porta.
Ele decidiu sair daquele lugar o mais rápido possível.
Então ele saiu correndo corredor abaixo sem olhar para trás, pois aquela gargalhada que ele tinha ouvido estava mais alta e parecia estar vindo bem de trás dele.
Quando ele estava perto da recepção as suas pernas não agüentaram e ele caiu no chão inconsciente.

Quando meu tio recobrou a consciência, todos estavam ao redor dele perguntando o que tinha acontecido, enquanto uma enfermeira cuidava da sua mão queimada. Então ele contou o que havia acontecido.
Para verificar o que poderia ter acontecido, dois faxineiros foram até em frente daquele quarto misterioso analisar a situação, pois ninguém queria ir sozinho.
Quando voltaram, um deles tirou o seu crachá, colocou na mesa pegou o seu casaco e calmamente saiu pela porta.
A mensagem estava clara "Eu me demito!".
O outro faxineiro falou que não viu nada fora do normal, a escada ainda estava no corredor, como o meu tio a tinha deixado, e a lâmpada agora estava funcionando perfeitamente.

Algumas noites depois, o faxineiro que tinha se demitido ligou para o meu tio e falou que ele tinha tido uma experiência parecida, só que era a voz que ele ouviu era do seu irmão (que já tinha falecido fazia tempo), e que tinha ouvido vindo de dentro do quarto, e que ele tinha sentido as mesmas confusas emoções.
Depois de ter ouvido isso, o meu tio decidiu que iria se demitir também.
Quando ele falou das suas intenções para o seu supervisor, ele foi despedido na hora e foi avisado para nunca contar aquela história para mais ninguém.

O meu tio morreu depois de um bom tempo, de causas naturais e já velhinho, e uma coisa que me deixa intrigado é que a sua história é idêntica à de filmes que contam fatos sobre possessão demoníaca.

Teria alguma espécie de demônio trancado naquele quarto, o qual saberia como afetar emocionalmente as pessoas que se aproximavam dele?

Seria isso?



Alves - São Paulo - SP - Brasil